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Na Hora da Virada

Na hora da virada
Por Carla Marcos

Passada a semana dos desejos de Boas Entradas e Feliz Ano Novo, aqui estou de volta. A cada fim de ano e início de outro, custa um pouco entender os princípios do Novo Ano. O que muda, o que segue, o que termina e o que continua. Acredito que o principal seja compreender que nada precisa terminar nem recomeçar, apenas continuar. Precisamos continuar a ter esperança, precisamos continuar com os nossos planos porque em 2006 a vida continua exactamente do mesmo ponto que estava no último segundo de 2005.
Algumas pessoas fazem planos bem diferentes, alguns até absurdos, para celebrar o novo ano. Quem é que não perguntou a si mesmo na semana passada: “onde estarei a meia-noite do dia 31?´ Houve quem desembolsou uma fortuna para comemorar a virada ao lado de um bando de estranhos, num lugar badalado, mesmo sabendo que uma festa com o seu pessoal, poderia ser mil vezes mais divertido do que passar o réveillon com estranhos. Mas, mais importante do que o lugar onde passamos a virada é o modo como comemoramos a virada. Para alguns basta estourar champanhe e fazer um brinde. Existem aqueles que comem lentilhas, romãs, carne de porco, nozes, avelãs para assegurar muita fartura durante o ano e atrair dinheiro. Existem os que compram roupas novas ou usam roupas com certas tonalidades de cores e dinheiro dentro do sapato. Existem, ainda, aqueles que a meia-noite pulam só com o pé direito, outros jogam moedas e acendem velas na praia, para estarem protegidos com saúde, amor e dinheiro e há até quem troca a velha roupa de cama por uma novíssima para manter o amor ou o casamento, sei lá.
Eu não segui nenhuma dessas simpatias. Nada contra quem acredita nelas e segue rigorosamente, mas preferi manter o mesmo ritual de todos os anos. A meia-noite fiz uma oração e agradeci a Deus por todas as bênçãos recebidas em 2005, pela protecção, pela vida… enfim, pela Graça de assistir mais uma virada de ano e aproveitei para pedir um ano novo igualmente abençoado. Simples assim. Não importa o lugar que eu esteja, virada para mim é momento de agradecer pelas bênçãos recebidas e momento de receber novas bênçãos. E mesmo que eu use, novamente, aquele velho lençol, não ofuscará a minha esperança e o meu relacionamento duradouro frente à vida. E se porventura, eu não comer lentilha, nem romã, nem porco, isso certamente não me impedirá de obter sucesso nem impedirá que eu me consagre profissionalmente.
Na verdade não importa onde você vai estar na hora da virada. Em paris a brindar com champanhe francês, em uma suíte do Copacabana Palace, a ver o show de fogos, no Miami ou no S. Jorge a fazer exposição da figura e a desfilar com pouco cash ou sentado no sofá da sua sala. Virada é virada em qualquer lugar. O que realmente importa são os sentimentos que o novo ano faz brotar no coração de cada um. Fogos, músicas ou banhos de mar, cada um comemora de um jeito diferente, mas os pedidos são os mesmos: um ano melhor do que o passado, muito amor, boas notícias e paz. Teremos outras 365 novas oportunidades de sermos felizes. Então, que os pés a serem colocados no chão, não seja somente o pé direito, mas ambos os pés, para que caminhemos com mais firmeza e determinação e que a minha velha roupa de cama e a minha já surrada calça jeans, não me impeçam, em momento algum, de ter saúde, amor e paz.
Um 2006 repleto de alegrias para todos.

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